A produtividade do colaborador vista por uma nova ótica


Há exatamente um ano, a VOCÊ S/A publicou em sua edição o
segredo de pessoas produtivas e como em meio à recessão econômica as empresas
precisam da tão famigerada produtividade dos colaboradores. Não podemos
desconsiderar o emprenho profissional como um fator decisivo no sucesso da
organização. Mas a final, o que faz um funcionário ser produtivo?

Há tantos fatores que respondem a essa questão, que
este artigo apenas se inicia a discussão; bem, neste caso o leitor encontrará
aqui uma breve reflexão que, caso for bem aceita, poderá ser tema futuros
artigos neste site.



Trataremos então de um fator que diz respeito,
exclusivamente, ao colaborador: o comprometimento com a carreira. Antes de
chegar ao clímax do assunto que desejo abordar com este ponto, preciso explicar
três conceitos para causar melhor conexão do leitor à minha intenção narrativa.
Trata-se dos conceitos de ocupação, profissão e carreira.
 



Ocupação é todo o trabalho exercido por um indivíduo, do
qual se torna desnecessário o investimento em formação. Desta forma, não há
pré-requisito acadêmico para a execução das atividades descritas ao cargo.
Podemos pensar, neste caso, em secretárias, vendedores, atendentes, garçons,
entre outros.
 



Ao contrário da ocupação, a profissão se caracteriza por
aqueles cargos que necessitam de uma formação específica para exercê-los, são
habilitados pelo Ministério da Educação (MEC) e possuem órgãos que regulamentam
e fiscalizam o exercício profissional. Psicólogos, contadores, advogados e
engenheiros são exemplos de pessoas que possuem profissões.
 



Tanto aquela pessoa que possui uma ocupação quanto aquela
que possui uma profissão, podem seguir uma carreira, visto que esta se
caracteriza pelo empenho que o profissional desenvolve para crescer dentro da
área que atua.  Desta forma, uma
secretária pode entrar em um, dos vários consultórios de uma rede odontológica
e começar a desenvolver-se até o ponto de crescimento em que estará se
responsabilizando por várias filiais da empresa. Ou um psicólogo pode começar
sua carreira com a graduação, que é o mínimo exigido ao exercício profissional,
e com o passar dos anos adquirir uma pós-graduação, experiências
significativas, mestrado, doutorado...
 



Com conceitos entendidos, poderei expor minha intenção
quando afirmo que o comprometimento com a carreira de uma pessoa pode ser um
fator definitivo à sua produtividade na realização de tarefas que a ele for
imposta. O que exporei agora talvez pareça óbvio, mas é um fator que várias
empresas desconsideram na contratação de pessoal.
 



Imagine Maria, uma jovem de 26 anos que acaba de se
graduar em enfermagem, ela realizou sua escolha profissional de forma consciente
e crítica, resultando na certeza de que isso é o que a deixará feliz e
realizada pelo resto de sua vida profissional. Maria está passando por
dificuldades financeiras, pois não consegue um emprego em sua área. Uma decisão
é tomada por ela e resolve se candidatar a uma vaga para vendedora de uma loja
perto a sua residência. A princípio, podemos pensar que este emprego poderia
resolver todos os problemas de Maria, deixando-a assim, plenamente satisfeita –
está precisando da remuneração o emprego é perto de sua casa – porém, quando
analisamos com maior criticidade podemos perceber que este emprego não é bom
para ela.
 



Quando Maria começar a trabalhar nesta loja,
provavelmente se sentirá infeliz, visto que o sonho que possui de ajudar
pessoas através da enfermagem não será efetivado vendendo utilidades na loja
que lhe abriu as portas. Com isso, Maria provavelmente não conseguirá entregar
seu maior potencial à empresa, assim como faria se estivesse em um emprego que
a faça sentir-se realizada.
 



Agora, analisaremos a situação de Cecília; Cecília é uma
jovem que adora estar em meio às pessoas, é comunicativa e simpática e já
trabalhou com vendas de diversos produtos. Quando questionada, Cecília descreve
o momento de fechamento de vendas com brilho nos olhos e alegria não por
conseguir a comissão como resultado de seu empenho, mas sim por conseguir
suprir a necessidade do cliente e absorver o contentamento que dele exala; todo
este movimento é interessantíssimo a ela.
 



Cecília é jovem, possui apenas 20 anos, porém, mesmo com
toda sua simplicidade e falta de interesse em se graduar ou se especializar em
uma profissão, se comparado a Maria, o gestor da loja de conveniência não
deveria ter dúvidas em escolhê-la.
 



Todo este processo é bem mais complicado do que quis que
parecesse neste artigo, na vida real podem aparecer diversas “variações de
Cecílias” cada uma com sua particularidade, das quais devem ser analisadas e
consideradas metodologicamente antes da tomada de decisão. Um profissional de
RH tem maior conhecimento, ferramentas e instrumentos com comprovada eficiência
para realizar este estudo sistemático de candidatos, conseguindo assim, maior
assertividade na escolha da “Cecília perfeita” para a vaga em questão.
 



A IDHEA Consultoria possui uma equipe especializada no
recrutamento e seleção de talentos, que pode auxiliar o gestor na tomada de
decisões assertivas ao seu negócio. Você, gestor, já parou para pensar em
quanto vale em dinheiro sua hora de serviço? Quando você opta por fazer você
mesmo a contratação, o tempo dispensado para esse processo pode ser muito
melhor empreendido em outras atividades, das quais você já domina. Além disso,
a probabilidade de um profissional da área de RH encontrar o colaborador mais
adequado para você é indiscutível.
 



Neste artigo quis refletir um dos diversos pontos que
influenciam no desempenho do trabalhador no serviço que efetua. Nem de longe o
classificaria o tema aqui tratado como aquele que necessita de uma análise mais
complexa, com o objetivo de auxiliar o colaborador a atingir seu potencial
máximo dentro de uma empresa. Talvez tenha aberto uma janela de curiosidade e
feito com que o leitor entenda a complexidade de se trabalhar com o capital
humano em organizações. Indiscutível é: assim como a renomada revista nacional
citada no início deste artigo, vários outros meios de comunicação enfatizam a
produtividade como um meio para a aquisição do sucesso empresarial; aqui
proponho que você faça um exercício contrário de pensamento, posicionando a
produtividade como uma consequência da satisfação do pessoal, do clima
organizacional saudável e do envolvimento coletivo.
 



Laressa Rayssa Mourão Nunes  



Graduanda em Psicologia, formação Técnica em Administração
de Empresas e Informática. Experiência em atendimento ao cliente, vendas de
produtos e serviços, Assistente de Gestão de Pessoas e Processo de Recursos
Humanos.

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